
Estreia nesta terça-feira, no dia 26 de junho, os novos trabalhos da produtora de cinema O Quadro. “Filmes de verão” é um projeto formado por três curtas-metragens gravados de maneira independente, sem qualquer ajuda de verbas públicas. O tema principal das obras é o amor. Além disso, os filmes têm em comum o fato de serem narrativas realizadas por jovens e para jovens.
“Nossa vontade era a de retratar, de alguma maneira, as coisas que conhecemos, que vivemos, que estamos sentindo no momento, sem qualquer tipo de amarra”, conta Wellington Sari, diretor de “Surf Surf”. Segundo os sócios da produtora, é mais difícil aprovar nos editais públicos roteiros que não exibam, em primeiro plano, uma carga “artística”.
Para Alexandre Rafael Garcia, diretor de “Sobrenatural”, “narrativas com jovens, sobre questões pessoais e filmadas com menos ostentação, costumam, infelizmente, não ser levados tão a sério”.
Por estes motivos, os integrantes do Quadro decidiram não inscrever os projetos em concursos e viabilizá-los por conta própria. Outro fator que influenciou a escolha foi a urgência: obras aprovadas em editais costumam levar, desde a escritura do roteiro à projeção, mais de um ano para ficarem prontas. Com a ajuda de amigos colaboradores de trabalhos anteriores da empresa, entre eles atores, atrizes e técnicos, os produtores reservaram as férias de janeiro para filmar os curtas.
A única regra estabelecida era a de que cada projeto deveria ser gravado em no máximo dois dias. Evandro Scorsin, diretor de “Garota Explosiva”, garante que “apesar de ninguém ter recebido dinheiro pra trabalhar, todos nos divertimos muito”. E, continua: “fazer filmes são as melhores férias que alguém pode tirar”.
Os integrantes do Quadro ressaltam que, de maneira alguma, os “Filmes de verão” são despretensiosos. “Esses curtas representam nossa visão de cinema como realizadores. Tentam mostrar como encaramos o mundo”, define Wellington Sari. Depois de exibidos na Cinemateca, os filmes irão circular em festivais, mostras, internet e canais de televisão.
Por Pauline Margot
Sobre os filmes
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