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Mini-guaira. Sobre o palco há outro palco quadrado pequeno. Microfone sobre o meta-palco e uma luz projetando um retângulo branco ao fundo. Entra um senhor vestindo paletó branco de linho, gravata branca divertida com losangos pretos, calça verde musgo e sapatos pretos bem polidos.

Este bem poderia ser o início de um roteiro de filme trash genuinamente brasileiro. Um pântano, um saci.

A primeira vez que me deparei com a obra da Cia Vigor Mortis foi no cinema, com o filme Morgue Story - Sangue, Baiacu e Quadrinhos. Pesquisando naquela época, descobri que Morgue Story foi produzida dez anos antes no teatro, pela mesma companhia.

Primeiro domingo de maio em Curitiba. Outono com sol entre nuvens, o céu azul num tom indizível. Na sombra faz frio, no sol da tarde faz um calor suave. O ar que sopra é gelado e seco.

_ Rapaz, comprei um livro seu.
_ Ah, então foi você...

Para os entusiastas do Sistema Estadual de Cultura, fica um aviso pouco motivador: as coisas andarão a passos lentos.

“O que eu precisava era encontrar novos espaços, novas pessoas, e claro, a questão do sucesso - que a gente busca -, fundamental para que seu trabalho deslanche.”

Não é da apresentação da série Solo Música que conheço Daniel Migliavacca. Pensando nisso lembro a primeira vez que o ouvi, em participação no show A Fala da Flauta, de Altamiro Carrilho.

Domingo é aquela coisa: se você descuidar acaba no tédio que só termina quando os olhos se fecham. O perigo começa depois do almoço, quando empanturrados de churrasco ou pierog, os curitibanos se aninham para fazer a digestão dos sonhos.

Nunca ouvi a expressão “Inverno dentro dos tímpanos”, mas já li em algum lugar.

Lá no baixo São Francisco as coisas se dão sem muito alarde... É prestando atenção durante a caminhada que se notam as novidades. A caminho d’O Torto, pela Paula Gomes, olhando à direita, uma substituição: Sai a Toca do Marujo e entra o Dom Corleone.

Um tanto constrangedor ainda não ter lido a Ilíada. Constrangedor porque implica em ignorar a potência de um gerador que alimenta a humanidade muito antes de Cristo. Nós estamos lá, nos arquétipos que perduram até hoje no território dos mortais.

“É porque a nova safra de filmes superoito paranaenses são realmente muito bons. E alguns até obras-primas, colocando-se o que de melhor se faz de cinema hoje no Brasil.

Atravessando a porta do Teatro José Maria Santos o gelo seco faz lembrar a neblina tão comum dos dias de inverno curitibano. O palco escuro ganha a presença dos músicos que começam a tocar na penumbra.

Ir ao Teatro HSBC nas noites de terça-feira tem sido uma grata tarefa. Ruim é quando não posso comparecer, como aconteceu nos shows de Arismar Do Espírito Santo e Marcel Powell. Isso porque as apresentações do festival Brasil Musical têm sido muito boas, quando não excelentes.